domingo, 6 de julho de 2014

A história do dreadlock

Olá meus fantasminhas!


Apesar de muita gente pensar que o estilo foi criado junto ao movimento rastafári e difundido por Bob Marley, existem registros do dread desde a antiguidade.

Registros na antiguidade 
Tribos antigas da Índia e da África já usavam os dreadlocks, assim como a trança, centenas de anos atrás. Algumas o faziam como costume local, pela dificuldade de manter os fios no lugar e outras para representar a ligação espiritual, como os "homens santos" indianos. Os primeiros registros do nome "dread" apareceram na época da escravidão, quando os escravos eram mantidos em cativeiro por mais de um ano, ainda em território africano, esperando pelo navio negreiro.

Durante a travessia do Atlântico, mulheres, homens e crianças eram mantidas presas uma nas outras, amontoadas e sem espaço para higiene pessoal, e muito menos para pensar no aspecto do cabelo. Quando desembarcavam, os fios estavam embaraçados e crescidos em tufos e pela aparência, foram chamados pelos brancos da América do Norte de "Dreadful" (monstruoso), nome que foi encurtado décadas depois para perder o tom pejorativo.


Movimento Rastafári popularizou o dread
Na Jamaica, os ex-escravos foram os primeiros a usar o penteado. O estilo foi batizado de "Natty Dreadlock", como afirmação cultural diante da sociedade jamaicana de origem europeia ainda presente na ilha, e ganhou novo significado usando a junção das palavras lock (o penteado com tranças) e dread (a pessoa que usa a trança). Os rastafári começaram a usar o penteado por volta dos anos 1930, como oferenda e voto de fé.

Para o rastafári, não cortar o cabelo é um tributo a Deus, eles acreditam que o crescimento natural dos cabelos é preceito bíblico contido no Levítico 21:5 - Sobre a Santidade Sacerdotal: "Os sacerdotes não rasparão a cabeça nem os lados de sua barba e não farão incisões em sua carne." . Outra inspiração é o herói bíblico Sansão, sua força está no cabelo e cortá-lo seria promover a própria fraqueza.
Os longos cabelos também são referência ao leão, animal símbolo de coragem, criados como animais de estimação por Salassie em seu palácio.

De lá para cá surgiram novos materiais e técnicas e o penteado deixou de ter somente ligação espiritual para passar a ter status de estilo pessoal. Entre as opções para quem quer cultivar um dreadlock está fazer a versão definitiva com agulha de croché ou cera, ou tentar o dread temporariamente com lã ou cabelo sintético. O povo rastafpari não gosta de dreads falsos, pois eles acreditam que os cabelos contam a nossa história, e colocar dreads falsos seria o mesmo que colocar algo falso na nossa história. Além da manutenção, o estilo precisa de cuidado com lavagem e hidratação para não ficar um aspecto de sujo ou impressão de desleixo.

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