Olá meus fantasminhas!
Andando pelas ruas do Centro do Rio, deparo-me com um livro. Achei engraçado ninguém tê-lo notado. O nome em si não me chamou muito a atenção, afinal, quando leio algo como "Corações Feridos" me vem à mente uma novela mexicana piegas, mas fiquei curiosa pelo fato da capa ser uma garota em frente à um tumulo. Folheei o livro em busca de informações sobre o dono, e além de nenhuma informação, o livro aparentava ser novo.
Decidi leva-lo para casa, e não me arrependo disso.
O livro conta a história de duas irmãs gêmeas, Hephzibah e Rebecca, mas ambas não podiam ser mais diferentes uma da outra: Hephzibah é linda e cheia de sonhos; já Rebecca tem a Síndrome de Treacher Collins, o que a torna deprimida e vive o tempo todo na sombra da irmã.
O livro é dividido em duas partes, sendo a primeira praticamente o livro todo. A primeira parte ainda é dividida em duas: O antes com Hephzibah e o depois com Rebecca. Logo abaixo você vai entender esse "antes" e "depois".
Continuando, ambas são "filhas" de um pastor muito rigoroso e que transforma a vida das duas num perfeito inferno. Até então elas estudavam em casa, mas Hephzi consegue convencer os pais a começarem a frequentar uma escola normal. Hephzi sabe que pode ser popular, ela vê como os garotos a olham e sorriem, ela só precisa andar com as pessoas certas, o que não inclui sua irmã medonha. Isolada e sozinha, Rebecca só quer sobreviver a escola, estar longe do pai já é benefício suficiente, e tem a biblioteca. Então ela tenta não se magoar com as atitudes da irmã, e colocar algum juízo em sua cabeça.
Hephzi começa a frequentar festas escondida (e encoberta pela irmã) e acaba se apaixonando por um rapaz, ela vê então um caminho de sair do inferno que só elas conhecem.
Porém, quando Hephzi morre tragicamente (a parte com o "antes" seria de antes de sua morte), só Rebecca sabe a verdade do que aconteceu com a irmã. E agora ela precisa seguir vivendo, precisa tentar escapar, antes que seja tarde demais para ela também (encarregada da parte do "depois" da morte da irmã).
Podia questionar aqui a escrita pobre, mas não sei se foi caso de erro de tradução ou uma jogada da própria escritora, afinal, o livro é contado por duas adolescentes. As partes onde a Hephzi conta a história, notamos uma escrita bem pobre (podendo-se relacionar com a falta de interesse nos estudos), já as partes onde a Reb conta, vemos um leve e gradual enriquecimento de escrita (sendo ela a mais dedicada e com dom para literatura inglesa).
O final do livro me decepcionou, pois, o mesmo seguiu bastante a linha do racional tem um final fora de nexo e irreal. Sem falar que houve várias pontas soltas que eu não posso explicar sem ser spoiler. Achei que tinha algo de errado em a história parar onde parou, e foi isso que me decepcionou. Meus pensamentos foram "Tá, mas parou por aqui? O que acontece depois?". Contudo, foi um ótimo começo para a autora e estou ansiosa para ver o que mais ela pode oferecer.
Devo dizer por final que é uma obra que serve como tapa na cara de algumas pessoas, principalmente das que reclamam da vida o tempo todo e não dão valor ao que têm. É um exemplar forte, não é uma leitura que qualquer pessoa vai conseguir apreciar. É triste, é violento, é de causar revolta e asco.
Andando pelas ruas do Centro do Rio, deparo-me com um livro. Achei engraçado ninguém tê-lo notado. O nome em si não me chamou muito a atenção, afinal, quando leio algo como "Corações Feridos" me vem à mente uma novela mexicana piegas, mas fiquei curiosa pelo fato da capa ser uma garota em frente à um tumulo. Folheei o livro em busca de informações sobre o dono, e além de nenhuma informação, o livro aparentava ser novo.
Decidi leva-lo para casa, e não me arrependo disso.
O livro conta a história de duas irmãs gêmeas, Hephzibah e Rebecca, mas ambas não podiam ser mais diferentes uma da outra: Hephzibah é linda e cheia de sonhos; já Rebecca tem a Síndrome de Treacher Collins, o que a torna deprimida e vive o tempo todo na sombra da irmã.
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| Garoto com a Síndrome de Treacher Collins, assim, temos uma ideia melhor de como é Rebecca. |
Continuando, ambas são "filhas" de um pastor muito rigoroso e que transforma a vida das duas num perfeito inferno. Até então elas estudavam em casa, mas Hephzi consegue convencer os pais a começarem a frequentar uma escola normal. Hephzi sabe que pode ser popular, ela vê como os garotos a olham e sorriem, ela só precisa andar com as pessoas certas, o que não inclui sua irmã medonha. Isolada e sozinha, Rebecca só quer sobreviver a escola, estar longe do pai já é benefício suficiente, e tem a biblioteca. Então ela tenta não se magoar com as atitudes da irmã, e colocar algum juízo em sua cabeça.
Hephzi começa a frequentar festas escondida (e encoberta pela irmã) e acaba se apaixonando por um rapaz, ela vê então um caminho de sair do inferno que só elas conhecem.
Porém, quando Hephzi morre tragicamente (a parte com o "antes" seria de antes de sua morte), só Rebecca sabe a verdade do que aconteceu com a irmã. E agora ela precisa seguir vivendo, precisa tentar escapar, antes que seja tarde demais para ela também (encarregada da parte do "depois" da morte da irmã).
Ok, não posso dizer que foi um livro CHOCANTE, até por que eu já tinha lido livros com temática parecida (pai abusivo + mãe vaca + filha vítima) como o livro Distúrbio da Valentina Silva Ferreira. Choca? Sim, até por ser mais puxado para a realidade que o Distúrbio; É pesado? Um pouco (não vou relacionar com o livro da Valentina de novo, mas o dela é mais pesado, sim); Senti vontade de matar o "pai" das meninas? Com certeza.
Senti muita pena de Rebecca, por ter nascido nessa família que a faz sentir-se um monstro em vez de apoia-la para ter forças e enfrentar o mundo cruel e julgador que temos. Eu achei interessante a dinâmica entre as irmãs, elas implicavam, brigavam, se amavam, como quaisquer adolescentes nesta idade. Mas ao contrário do que se esperava, vemos que apesar de todos os problemas, Reb é a adolescente forte, e a irmã tinha sempre medo demais para defendê-la.
O final do livro me decepcionou, pois, o mesmo seguiu bastante a linha do racional tem um final fora de nexo e irreal. Sem falar que houve várias pontas soltas que eu não posso explicar sem ser spoiler. Achei que tinha algo de errado em a história parar onde parou, e foi isso que me decepcionou. Meus pensamentos foram "Tá, mas parou por aqui? O que acontece depois?". Contudo, foi um ótimo começo para a autora e estou ansiosa para ver o que mais ela pode oferecer.
Devo dizer por final que é uma obra que serve como tapa na cara de algumas pessoas, principalmente das que reclamam da vida o tempo todo e não dão valor ao que têm. É um exemplar forte, não é uma leitura que qualquer pessoa vai conseguir apreciar. É triste, é violento, é de causar revolta e asco.
Espero que tenham gostado
CarinaFilth
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