Olá meus fantasminhas!
Talvez você tenha pensado que queria manter relações sexuais e amorosas com essas pessoas e aproveitar plenamente a companhia delas. Entretanto, temos tão arraigado o paradigma tradicional de um casal de dois indivíduos que só o pensamento de ter dois ou mais companheiros faz com que nos sintamos culpados.
É preciso ter muita ética e moral para manter relações com várias pessoas de forma satisfatória, posto que é necessária uma total sinceridade para poder viver a experiência de forma plena.
Pode parecer mais fácil mentir e viver uma relação aberta sem que as outras partes envolvidas saibam, mas isso não permitirá vivê-la e desfrutá-la plenamente.
“É possível estar apaixonado por várias pessoas ao mesmo tempo, e por todas com a mesma dor, sem trair nenhuma”
– Gabriel García Márquez –
Além disso, o que há de errado sentir amor e desejo por duas ou mais pessoas ao mesmo tempo? Nada. Não há absolutamente nenhum motivo para se sentir culpado, sempre que você estiver agindo com sinceridade e honestidade, e essa é precisamente a parte complicada.
A primeira coisa a fazer para conhecer o poliamor é distingui-lo de outros conceitos com os quais, muitas vezes, ele é confundido.
O poliamor é…
O poliamor não é um relacionamento livre. Em um relacionamento livre, os dois integrantes da relação procuram outros companheiros sexuais, mas não convivem nem costumam criar um vínculo além do sexual.
O poliamor também não é um intercâmbio de casais, já que a troca de casais é simplesmente ter relações sexuais criativas com outros casais.
O poliamor não é um trio, porque não se trata só de sexo e sim de um relacionamento mais profundo com duas ou mais pessoas.
O poliamor consiste em ter uma relação amorosa e sexual com várias pessoas ao mesmo tempo, e em fazer com que essa relação seja duradoura.
Evidentemente nem todo mundo é feliz com as mesmas coisas, nem tem a mesma forma de ver e viver as relações. De fato, algumas pessoas são felizes em relacionamentos de casais monogâmicos e o vivem plenamente.
Mas as infidelidades nos casais monogâmicos, às vezes, expõem a nossa natureza poliamorosa.
Quais são os benefícios do poliamor?
Um dos principais aspectos benéficos do poliamor é que não há possessão. Não possuímos ninguém e ninguém nos possui. Portanto, o poliamor acaba com algo que caracteriza um relacionamento monogâmico e que pode ir contra a natureza humana: a possessão da outra pessoa.
Os benefícios do poliamor
O sexo sem culpa e livre com outras pessoas é algo que se pode desfrutar com um relacionamento poliamoroso. É preciso ser sincero a respeito do que se quer e como se quer desde o primeiro momento, e dessa forma não haverá mal-entendidos e ninguém poderá cobrar nada depois.
Um relacionamento poliamoroso é uma relação na qual, provavelmente, a pessoa se sinte mais satisfeita.
Inicialmente você pode pensar que, se em uma relação monogâmica há infidelidade, é porque existe uma insatisfação no relacionamento, e que se há uma relação poliamorosa é porque a pessoa se sente insatisfeita com seu primeiro companheiro.
Esta ideia foi desmentida por um estudo realizado pela psicóloga Melissa Mitchell, da Universidade da Geórgia, Estados Unidos, que entrevistou 1093 pessoas que mantinham relações poliamorosas e chegou à conclusão de que a procura de uma segunda pessoa não tinha nada a ver com a insatisfação com relação ao primeiro casal, já que a intimidade e a satisfação com relação ao primeiro companheiro aumentavam com o tempo.
Quais são as principais dificuldades do relacionamento poliamoroso?
– O ciúme. O ciúme é inevitável até que a pessoa aprenda a dizer as coisas que lhe incomodam. Talvez incomode olhar como as outras duas pessoas se beijam, mas se não dissermos nada, o problema nunca poderá ser resolvido ou comentado. Por ser muito bom sentir ciúme, mas devemos aprender a administrá-lo e conhecer a sua origem.
– A comparação. Muitas vezes temos a tendência a nos compararmos com os outros em relação à beleza, inteligência, etc. Mas isso é absurdo. O que cada pessoa gosta em outra é único. O relacionamento amoroso é diferente com cada pessoa.
– A possibilidade de formar uma família. O poliamor significa que é possível formar uma família e conviver com várias pessoas. Não é uma família no sentido tradicional, e sim um novo conceito de família diferente e mais aberto que pode trazer felicidade do mesmo jeito.
– Os términos. O término de uma relação com uma das pessoas que formam um relacionamento poliamoroso é tão duro quanto o de qualquer outro. O fato de se relacionar com várias pessoas não quer dizer que terminar com uma não doa. Se gostarmos de uma pessoa pelo que ela é, doerá perdê-la, independentemente do relacionamento ser monogâmico ou poliamoroso.
– A aceitação dos outros. Uma das dificuldades que podemos encontrar na hora de esclarecer o tipo de relacionamento que queremos é explicar aos outros como desejamos que seja a relação. Por um lado, quando conhecemos alguém e queremos ter uma relação poliamorosa, a primeira coisa a fazer é explicar isso para que fique bem claro.
Além disso, haverá a dificuldade de que o entorno mais próximo (família e amigos) entenda essa forma de ver os relacionamentos. De qualquer forma, não se pode esperar sempre a aceitação dos outros, pois às vezes é impossível obtê-la.
Como é possível que uma pessoa casada há 30 anos com a mesma pessoa possa entender que queremos ter um relacionamento poliamoroso? Ela pode até não entender, mas pode (e deve) respeitar.
Realmente o poliamor consiste em amar várias pessoas sem enganar ninguém.
E você, como se sentiria se lhe propusessem um relacionamento poliamoroso?
Espero que tenham gostado,
CarinaFilth
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