sábado, 29 de março de 2014

A lendária prática de acender isqueiros em músicas lentas

Olá meus fantasminhas!

O cenário sempre é o mesmo:  aquele show intenso de uma banda que você aguardou por anos para vê-los ao vivo. Música após música você fica cada vez mais extasiado com o som que vem do palco e a agitação que parte da galera.
Música vai, “single” vem, porém nove entre dez  bandas de rock tem aquele som que pode ser chamado de “balada”. Amada ou odiada pelos fãs, é presença constante nas coletâneas do artistas, sobretudo nos shows, o que faz esse momento se tornar por vezes o mais marcante em um show de rock.

É justamente nesse momento, onde a banda cadencia o ritmo de sua apresentação e os fãs tem o direito de respirar, que geralmente acontece, ou pelo menos acontecia com muita frequência em shows de rock um fenômeno onde ao som da famigerada balada da banda os espectadores acendem isqueiros, o que de certa forma acarreta num momento único no show, com um efeito visual diferenciado e na maioria das vezes muito interessante.

Agora a indagação é a seguinte: Onde, quando e como surgiu essa prática tão recorrente em shows de rock? A explicação mais coerente para essa prática na verdade é uma adaptação do costume de acender velas em shows, que começou em 1969, em um show da cantora de música folk Melanie Safka, ou somente Melanie, como era conhecida.

Logo no início de sua carreira, após boas críticas de seu primeiro álbum a cantora foi convidada para participar do lendário festival Woodstock.

Em sua apresentação memorável no festival , em agosto de 1969, Melanie fazia seu show numa noite chuvosa para meio milhão de pessoas, onde a multidão estava a assistir com velas, isqueiros e afins (o detalhe que estava chovendo, parabéns aos que conseguiram mantar a “chama do rock” acesa).
A visão que Melanie teve , da multidão enfrentando a chuva com velas numa noite escura inspirou a cantora a compor a música “Lay Down (Candles in the Rain)” traduzindo: “Deite-se (Velas na Chuva)”. Nessa música, Melanie canta: “Levantem as velas alto novamente, e se vocês o fizerem poderemos ficar secos apesar da chuva“.


A música foi lançada em 1970, e se tornou o hit da cantora, e incentivou ainda mais o público acender velas em seus shows.

Com o passar do tempo a prática se tornou mais comum em shows de rock, porém após uma porção de dedos queimados, cera quente escorrendo pelos braços, a isqueiro foi o método mais utilizado até os shows mais recentes.
No Brasil, a prática ficou mais conhecida provavelmente após o show do Queen em 1981, no estádio do Morumbi, em São Paulo. Nesse show, cerca de 200 mil pessoas presenciavam a apresentação de banda e muitos levantaram seus isqueiros para o alto ao som da balada “Love of My Life”.

Ultimamente com a evolução da tecnologia esse tipo de ação dos espectadores ainda continua, porém com celulares,  os mesmo que gravam com alta qualidade vídeos do show . Para os mais modernos há até aplicativos para o IPad, onde é possível simular a chama, o isqueiro, tudo, sem correr o risco de queimar a mão, ou cabelos alheios, evitar incêndios, e tudo mais.

A gigante cervejaria holandesa Heineken, fez um comercial muito bom que brinca com a origem dessa prática.

Confira:

Pra finalizar, Metallica \o/

Espero que tenham gostado
CarinaFilth

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