quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

A história do vibrador

Olá meus fantasminhas!

Não é nada de putaria. No começo, o vibrador não era um instrumento sexual e sim um aparato médico. Por qual motivo? Simples, os médicos estavam cansados de terem que masturbar suas pacientes manualmente. Em meados do século dezenove, muitas mulheres sofriam de uma doença chamada histeria. Sintomas como irritabilidade, ansiedade, choro, falta ou excesso de apetite e outros altos e baixos tão conhecidos do público feminino caracterizavam a histeria, doença que a comunidade médica acreditava ser causada por deslocamentos no útero. O tratamento? Massagem no clitóris até a paciente atingir o “paroxismo histérico”, ou em termos atuais, o orgasmo. Para as mulheres casadas, o médico pedia para que o marido massagem que ele fizesse massagem na vagina com as mãos. Caso não resolvesse com marido, era o médico que tinha que fazer a massagem nas mulheres.

Agora, imagina a quantidade de mulheres que iam para o médico só para receber esse "tratamento especial". Pois é, de tanto massagear os clitóris das pacientes, os médicos estavam começando a ter LER (Lesão por Esforço Repetitivo). Para aliviar as mãos dos médicos e dos maridos, o médico George Taylor inventou o The Manipulator em 1869 e ele era movido a vapor. Eis que surge o primeiro vibrador.

The Manipulator
Alguns anos depois, em 1880, apareceu o vibrador movido a manivela, inventado pelo inglês Joseph Mortimer Granville.

Modelo Woody, movido a manivela
Modelo Ash Flash. movido a bateria
Modelo Chas a Chypers, movido a ar comprimido
O primeiro vibrador elétrico só começou a ser comercializado no século XX, em 1902, pela empresa norte-americana Hamilton Beach, especializada em equipamentos de cozinha. Enfim, o remédio para curar a histeria feminina poderia ser levado para dentro dos lares.

Modelo Golden-Glo Vialator, movido a eletricidade
Como o vibrador era visto como algo medicinal, as propagandas explodiam nos jornais, promovendo o artefato. Seu uso era promovido como uma forma de manter às mulheres relaxadas e contentes. Sua comercialização chegou a tal extremo que alguns modelos incluíam um adaptador que convertia o vibrador numa batedeira de bolo.Pense ao que isso possa parecer hoje, naqueles anos a aplicação do vibrador sobre o clítoris era tida como uma prática exclusivamente médica. Na Era Vitoriana, não era considerado ato sexual. 

O tabu em relação ao vibrador começou em 1920, quando os médicos abandonaram o artefato de suas mesas de consultório, pois começaram a aparecer em filmes pornográficos. E, neles, as “atrizes” curavam sua histeria frente as câmaras. Os filmes fizeram com que o vibrador ficasse estigmatizado como coisa de mulheres da vida, nenhuma mulher fina ou mãe de família poderia ter uma histeria tranquila sabendo que a rameira da esquina fazia uso do mesmo instrumento. A partir desse momento, o vibrador começou a perder sua imagem de instrumento médico e nos finais dos anos 60, início da "queima dos sutiãs", quando estudos revelaram a importância do orgasmo pela estimulação direta no clitóris, o vibrador se popularizou como um aparelho sexual fundamental para a mulher.

Vibrador Earth Angel, que funciona a manivela.
Segundo a empresa criadora, com apenas quatro minutos
rodando a manivela, faz com que o produto funcione por meia hora.
Desde então, veio a primeira grande mudança, agregar ao bastão uma capa de silicone ou látex, dando ao produto novos formatos e cores e proporcionando um contato muito mais agradável a pele. Em seguida, com a evolução tecnológica, micro motores foram desenvolvidos aliados a baterias mais leves e duradouras, reduzindo o peso dos produtos e criando vários tipos de vibração para estimular ainda mais a região pubiana. 
E assim, chegamos ao vibrador que conhecemos.

Espero que tenham gostado
CarinaFilth

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