sábado, 1 de fevereiro de 2014

Dicas para manter o foco

Olá meus fantasminhas!

Num mundo repleto de distrações digitais, emocionais e de carne e osso, superá-las é fundamental para fazer qualquer coisa. A internet se torna uma tentação na hora de estudar e o bolo de chocolate acaba com a dieta em segundos. Sem atenção e persistência, dificilmente se atinge qualquer objetivo.
Essa é a teoria do psicólogo americano Daniel Goleman. Em seu novo livro, Foco (Objetiva, 294 páginas, R$ 39,90), que chega em janeiro às livrarias brasileiras, ele discorre sobre os benefícios que a atenção concentrada traz. Para ele, a melhor promessa que alguém pode fazer no final do ano é ter foco, e apenas isso.
 possibilidade de estarmos conectados o tempo todo com nossos smartphones e tablets tem nos tornado mais dispersivos. Pare para pensar: quantas vezes você olhou para seu celular na última conversa que teve com um amigo? E quantas vezes parou o que estava fazendo no trabalho para checar o que acontece nas redes sociais?



Para Goleman, esse comportamento é preocupante. “Hoje, todos nós, não apenas os jovens, nos sentimos invadidos por tecnologias digitais, por smartphones e e-mails”, disse Goleman a revista Época. “Todos esses recursos degradam nossa capacidade de concentração.” Goleman afirma que a capacidade de manter a concentração é, nos tempos distraídos em que vivemos, tão importante quanto a inteligência emocional. Não cumprir promessas de Ano-Novo é apenas uma – e talvez a menor – das consequências que a falta de concentração nos traz. A desatenção é o cerne de problemas graves como a falta de autocontrole, insensibilidade e falta de força de vontade. Sem foco não se mantém a dieta, nem uma amizade ou um casamento. Até a escolha entre reciclar ou não o lixo está relacionada à falta de foco. Uma pessoa focada, segundo Goleman, tem consciência de que seus atos impactam o mundo todo.



Em sua tese, o autor afirma que existem três tipos de foco. O primeiro é o foco interno. Esse tipo de atenção nos permite entender – e controlar – nossos sentimentos e emoções. O segundo é o foco nos outros, que é o que nos faz ouvir o que as outras pessoas dizem e ter a capacidade de nos colocar no lugar delas, compreendendo o que estão sentindo. Essa empatia, que só é alcançada por meio da atenção no outro, é que nos leva a ter sentimentos nobres como a compaixão. O terceiro tipo de foco é a atenção que devemos dar ao que acontece a nossa volta e como nossas atitudes impactam o resto do mundo. Esse tipo de atenção gera consciência social e sensibilidade aos problemas que afetam o mundo todo, como o aquecimento global e a fome. Apesar de serem diferentes, esses três tipos de foco estão relacionados, e as técnicas para desenvolvê-los são semelhantes. “Quem não consegue prestar atenção nas próprias emoções dificilmente compreenderá os sentimentos de outra pessoa e muito menos se sensibilizará com os problemas do mundo”, diz.



Cada um de nós tem uma infinidade de razões para perder a concentração. Goleman divide as distrações em dois tipos: a sensorial e a emocional. A primeira diz respeito aos sons, sabores, cheiros e sensações que nos roubam a atenção enquanto fazemos algo. Um trabalho pode ser subitamente interrompido por um cheiro de comida ou por uma música muito alta. A distração emocional é aquela que vem de dentro de nós. O fim de um relacionamento ou a perda de uma pessoa próxima são suficientes para tirar qualquer pessoa concentrada do prumo. O bombardeio de informações a que somos submetidos por meio de redes sociais e pela internet também contribui para a falta de atenção. Checar notícias e o que os amigos publicam nas redes sociais é quase um vício para muitas pessoas. Com tantos acontecimentos a nosso redor e no mundo virtual, manter a atenção num relatório, num trabalho da faculdade ou nos próprios sentimentos é cada vez mais difícil.

As distrações existem para todos nós, mas prestar atenção numa planilha complicada ou manter-se acordado numa aula de faculdade parece ser mais fácil para algumas pessoas. Isso se explica porque uma parte da habilidade de concentração é genética. Filhos de pais com alto grau de atenção têm mais chances de nascer com a mesma característica. Mesmo assim, construir essa habilidade depende em grande parte de nossas experiências. A epigenética, ciência que estuda como o ambiente pode interferir em nossas características genéticas, afirma que herdar um aspecto do comportamento dos pais não é o suficiente para que ele se desenvolva. Se os genes nunca são acionados, é como se não existissem. Para os geneticamente distraídos, ainda há salvação. Com esforço, a atenção pode ser treinada e aprendida, mesmo se a genética não colaborar.

O segredo é saber quando a mente pode divagar. Durante um trabalho com prazo para ser cumprido ou enquanto um amigo desabafa sobre um problema pessoal, deixar a mente ir para onde quiser é uma péssima ideia. O ideal é deixar os momentos de divagação para as horas de relaxamento, como um passeio pelo parque ou o tempo que passamos assistindo a programas sem importância na televisão

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